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Como devemos ser o grande juiz de nós mesmos




"[Sócrates]: (...) Ou não julgas uma vergonha e um grande sinal de falta de educação ser-se forçado a recorrer a uma justiça, importada de outrem, como se eles fossem amos e juízes, por falta de justiça própria?

[Gláucon]: É a vergonha das vergonhas.

[Sócrates]: Mas não te parece - prossegui eu - que a vergonha ainda será maior do que esta, se uma pessoa não só passar a maior parte da vida nos tribunais, como réu ou como acusador, mas ainda, pela sua grosseria, for levada a gabar-se precisamente da sua habilidade para cometer injustiças, e capaz de arquitectar todas as partidas, de se escapar por todas as saídas e de se dobrar como uma cana para não apanhar o castigo - e isso por amor de coisas mesquinhas e insignificantes, ignorando até que ponto é mais belo e melhor modelar a sua vida de maneira a dispensar em absoluto um juiz sonolento?"

A República - Platão
(Livro)

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