"Muitas vezes, nos passeio pelo seu ex-reino, havia notado que os animais fugiam do homem e até mesmo a ramagem das árvores parecia retrair-se à sua passagem. O voto de silêncio ensinara-lhe que os seres dos reinos inferiores amam e respeitam o homem silencioso e de comportamento tranquilo, que se aproxima deles não com o afã de exploração nem de realizar estúpias orgias de sangue, mas sim com amor.
Ankor assimilava, dia após dia, mês após mês, a serena majestade das árvores, a beleza alegre das quedas de água, o entusiasmo avassalador das tempestades, e a prudência das gazelas. As plantas, o vento e cascata, ao penetrarem na sua alma, enchiam-na de misteriosos murmúrios, de seres transparentes e musicais."
Ankor, O Discípulo (Livro)
Jorge Angel Livraga, fundador da Nova Acrópole
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