"Os chineses e os japoneses representam esta ideia da "ilusão" dizendo que o universo de Maya é como uma porta de papel: existe apenas para aquele que não se arremete contra ela. O conselho básico da filosofia budista é equivalente ao que nos legou Sócrates: conhecermo-nos a nós mesmos é conhecer também o mundo circundante. A porta de papel é um impedimento enquanto não dermos conta que é de papel.
(...)
A filosofia budista baseia-se na rectidão moral e na busca de fins. Esta busca de fins do tipo moral prevalece sobre tudo o resto, entendendo por "por tudo o resto" toda a estrutura política, social, económica, religiosa. No Budismo, tudo se encontra sujeito à autêntica busca, ao autêntico encontro com a Verdade. Tudo fica relegado para a busca de si mesmo, para a destruição da "porta de papel"."
Manual de Filosofia Moral - Tema II - C
Sem comentários:
Enviar um comentário