"O homem colérico é duplamente escravo: de si mesmo, porque uma parte de sua alma, a mais bruta e grosseira, tem mais poder do que sua alma subtil e pensante. Também é escravo dos outros... A perda do próprio controlo deixa-o sob o controlo daqueles que sabem aproveitar-se dessa circunstância em benefício próprio.
A alma do colérico está nas mãos dos demais... Como é fácil chatear ao colérico com os argumentos que o fazem explodir! Como é fácil, então, conseguir que siga as determinações que o seu “amo” circunstancial lhe inspira! O dono da situação lhe fará crer que é ele próprio quem dirige suas ações e suas palavras, mas tudo está previamente decidido...
É bom dominar a cólera e muito melhor ainda trocá-la pela coragem. Essa coragem que coloca suas energias com a razão, a coragem que “pensa” antes de agir, que trabalha com o coração, tal qual revela sua origem latina: “cor, cordis” – coração – e “agere”, infinitivo de “ago, agis” – actuar. Em síntese “coragere”: “Agir com o coração." "
Delia Steinberg Guzmán
Diretora Internacional de Nova Acrópole
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