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Como a justiça, enquanto bem, deve fazer cada um guardião de si mesmo





"Meu caro amigo, de todos vós, que vos proclamais defensores da justiça, (...) ninguém jamais censurou a injustiça ou louvou a justiça por outra razão que não fosse a reputação, honrarias, presentes dela derivados. 

Quanto ao que são cada uma em si e o efeito que produzem pela sua virtude própria, pelo facto de se encontrarem na alma do seu possuidor, ocultas a homens e deuses, ninguém jamais demonstrou suficientemente, em prosa ou verso, até que ponto uma é o maior dos males que uma alma pode albergar, ao passo que a outra, a justiça,  é o maior dos bens.

Se, portanto, todos vós nos falásseis assim desde o começo, e nos persuadissem desde novos, não andaríamos a guardar-nos uns aos outros para não cometermos injustiças, mas cada um seria o melhor guardião de si mesmo, com o receio de coabitar com o maior dos males, se praticasse a injustiça."


A República - Platão
(Livro)

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