"Na literatura de todos os tempos e na arte medieval, por exemplo na Notre Dame de Paris, representou-se a Natureza como um livro, aberto ou fechado de acordo com a nossa capacidade de interpretar a sua linguagem. Uma linguagem que para a razão é pura matemática, como diria Galileu Galilei e que para a sensibilidade é uma linguagem onde prima a cor.
(...)
A própria filosofia indiana diz, como a azteca, que a vida é uma galeria de pinturas, de sucessão de factos que muitas vezes não podemos evitar, mas que nós colorimos com estados de alma (cores) embaciados, escuros ou vivos e luminosos. Diz, também, que o nosso passado é um labirinto de imagens imóveis, tingidas pela nossa emotividade e que desde o inconsciente, pressiona e modifica a nossa visão e interpretação do mundo. Em outros textos identificam a vida, e a natureza inteira, como um tecido multicolorido onda cada fibra, como no mito das Parcas gregas ou as Nornas germânicas, de uma cor, é um dos fios do nosso destino."
José Carlos Fernandez, diretor da Nova Acrópole Portugal,
em "A Cor como Linguagem da Natureza" (Artigo)
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